Veja como os jovens podem ensinar os adultos a viverem e respeitarem seus sentimentos, fortalecerem seus vínculos sociais, abrirem-se para novas experiências e aliarem emoções e insights criativos
Existe na sociedade uma crença de que não é possível se espelhar nos comportamentos dos jovens porque, pelo fato de ainda estarem desvendando o mundo, os indivíduos supostamente não possuem maturidade suficiente para agirem com racionalidade e discernimento. Daniel J. Siegel, um psiquiatra e autor norte-americano, põe à prova esse tipo de discurso no livro “Cérebro Adolescente”, onde defende que pessoas em transição para a fase adulta têm, sim, importantes lições a ensinar. A fim de aprender com a meninada? Pois então basta começar a prestar atenção no que a galerinha teen anda fazendo de bom por aí (spoiler: o post de hoje vai te ajudar a descobrir!).
Lição 01: como um adolescente pode te ensinar a viver e respeitar determinados sentimentos?
Já reparou no fato de que os adolescentes parecem estar sempre com as emoções à flor da pele? Durante a adolescência, os hormônios fazem a festa no corpo dos jovens, tornando-os mais sensíveis aos acontecimentos da vida. Nesse período, os indivíduos costumam expressar seus sentimentos sem nenhum pudor, o que, às vezes, pode acabar assustando os espectadores de plantão.
A verdade é que nós, adultos, costumamos encarar com maus olhos as intensas reações emocionais que os jovens têm em certas situações. Vale lembrar, entretanto, que demonstrar sentimentos de forma mais enérgica nem sempre representa problema. Observando o comportamento dos adolescentes, podemos aprender como viver e respeitar nossas emoções, dando a elas o verdadeiro valor que merecem.
Tudo começa a fluir melhor quando entendemos que não há jeito de passar pela vida sem, em determinados momentos, esboçar um sorriso de alegria ou derramar uma lágrima de tristeza. Faz parte!
Lição 02: como um adolescente pode te ensinar a fortalecer seus vínculos sociais?
Para os adolescentes, a questão da sociabilidade é muito importante. Os jovens estão sempre buscando formas de se encaixarem aos ambientes que frequentam e estabelecerem relações afetivas baseadas em interesses comuns. Na visão deles, é fundamental encontrar um grupo, uma “tribo” que seja capaz de acolher e respeitar seus pontos de vista sobre temas variados.
Observando a natureza extremamente social dos jovens, é possível compreender a dimensão que as relações interpessoais tomam durante a adolescência. Nessa fase da vida, o apego aos amigos é muito grande: com eles, os adolescentes costumam dividir alegrias, tristezas, vitórias e frustrações. Quando nos tornamos adultos, em razão de uma série de questões (que, às vezes, não podemos controlar totalmente), nem sempre conseguimos prestar o devido suporte àqueles que amamos ou acabamos assumindo uma postura de independência que enfraquece nossos laços afetivos. Mesmo sob circunstâncias difíceis, entretanto, devemos nos esforçar para cultivar a rede de apoio que nos cerca.
Se, por exemplo, alguém que você não vê há tempos lhe convidar para tomar café e jogar conversa fora, aceite a proposta sem pensar duas vezes. Estabeleça dias fixos para se divertir ao lado dos amigos que mais adora. Esteja sempre disposto a nutrir o grupo, a tribo da qual faz parte com doses máximas de atenção, carinho e cuidado.
Lição 03: como um adolescente pode te ensinar a se abrir para novas experiências?
Todos sabemos que a adolescência é uma fase de descobertas. Não há como os jovens passarem pelo período sem se entregarem a uma série de experiências até então desconhecidas por eles.
Felizmente, os ineditismos da vida parecem muito mais entusiasmar os adolescentes do que amedrontá-los. Essa, aliás, é uma realidade bem curiosa de ser observada.
Os jovens encaram os desafios do mundo com empolgação, enxergando naquilo que ainda não vivenciaram grandes oportunidades para crescerem e se desenvolverem. Apesar de sentirem medo de determinadas novidades (afinal de contas, ninguém é de ferro, não é?), os adolescentes não se privam de experienciá-las. Nós, adultos, devemos extrair um valioso ensinamento do comportamento menos temeroso da meninada: às vezes, para petiscar, é preciso arriscar! O receio do desconhecido existe e é supernatural, mas não podemos permitir que ele nos impeça de desfrutar de novas aventuras.
Lição 04: como um adolescente pode te ensinar a aliar emoções e insights criativos?
Os adolescentes se conectam muito fortemente com suas emoções, permitindo que elas fluam de modo espontâneo. “Sentir” estimula o pensamento abstrato, responsável por, entre outras coisas, ajudar os indivíduos a inovarem, criarem, imaginarem e desenvolverem novas ideias. Para nós, adultos, pode ser ótimo começar a se inspirar no comportamento expressivo dos jovens, já que uma conduta vivaz é capaz de, além de nos transformar em pessoas melhores, contribuir para despertar ou potencializar nossas habilidades.
Vimos que os adolescentes não fazem questão de esconder suas emoções e que, em determinadas situações, suas reações emocionais podem ser bem intensas. Também descobrimos que não há absolutamente nada de errado em expressar sentimentos, sejam eles de alegria ou tristeza.
Uma das nossas missões como adultos é prestar apoio aos adolescentes. Saber ouvir o que os jovens têm a dizer sem fazer julgamentos é fundamental para estabelecer uma relação de confiança com eles. É necessário validar os sentimentos e as emoções de quem mais se ama!
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Por: Lais Pontin Matos