Mesmo com pouca idade e experiência de vida, os pequenos têm muito a nos ensinar sobre espontaneidade, resiliência, preconceito e até mesmo finanças
Muito adulto por aí acredita que as crianças, pelo fato de terem pouca idade e experiência de vida, não conseguem enxergar o mundo da forma como ele realmente se apresenta. Acontece que é um terrível engano pensar que a garotada não raciocina por si mesma e que suas percepções a respeito de assuntos considerados complexos são irrelevantes. O post de hoje traz lições que os pequenos podem te ensinar sobre espontaneidade, resiliência, preconceito e, veja só, finanças. Chegou a hora de aprender com quem manja do paranauê!

1) Lição número um: o que uma criança pode te ensinar sobre espontaneidade?
É da natureza de uma criança agir com espontaneidade e fazer pouco caso das imposições sociais que tanto assustam os adultos. Os pequenos não costumam esperar pela aprovação de ninguém para, por exemplo, rirem, chorarem ou emitirem opiniões a respeito de assuntos que não dominam completamente.
As consequências de comportar-se de modo solto e ousado (mas claro que sem perder a educação) nem sempre são negativas, sabia? Existe muito adulto por aí que sofre fisicamente e psicologicamente por não expressar o que sente, por reprimir alegrias, tristezas, conquistas e frustrações. Parece que as crianças conseguem lidar melhor com suas emoções, já que não fazem tanta questão assim de escondê-las. Acredite: quanto mais autêntico você for, mais será capaz de demonstrar seus sentimentos e ficar confortável com eles.
2) Lição número dois: o que uma criança pode te ensinar sobre resiliência?

Até aprender a andar de bicicleta, uma criança rala o joelho várias vezes. Durante o processo, há pouco o que se fazer para evitar os machucados. Mesmo os pais mais responsáveis e cuidadosos parecem compreender o fato de que, em algum momento, entretanto, as cicatrizes na pele do filho virarão um lembrete de que, com esforço e dedicação, é possível chegar aonde se almeja.
Ser resiliente é, principalmente, ter ciência de que a vida não se desenrola em linha reta, mas que as alterações no percurso estão longe de representar um problema. Pouquíssimas pessoas conseguem o que querem assim, logo de cara, e está tudo certo. O importante é continuar lutando para viabilizar as aspirações que se tem. Uma hora o jogo vira, a criança aprende a andar de bicicleta e o adulto conquista o emprego dos sonhos, a casa própria ou o que quer que lhe deixe contente e realizado!
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3) Lição número três: o que uma criança pode te ensinar sobre preconceito?
Se você parar para observar o círculo de amizades de uma criança, vai ver que nele existem pessoas de todos os tipos, pois os pequenos não elegem os amigos baseados em critérios como raça, religião, condição física ou classe social. Os vínculos estabelecidos na infância são considerados extremamente genuínos justamente porque já nascem desprovidos de qualquer forma de vaidade.

As crianças conseguem nos ensinar inúmeras lições sobre preconceito. Muitas vezes, nós, adultos, deixamos de dar crédito a alguém pelo fato de a pessoa não se enquadrar nos padrões que, consciente ou inconscientemente, estabelecemos para ela. A verdade é que julgar um livro pela capa está longe de ser uma decisão acertada: olhando apenas para o invólucro de uma obra, corremos o grande risco de ignorarmos seus capítulos, que podem apresentar enredos realmente fantásticos.
4) Lição número quatro: o que uma criança pode te ensinar sobre finanças?

Engana-se terrivelmente quem acredita que os pequenos não têm consciência financeira. As crianças demonstram que valorizam o dinheiro que recebem dos pais ou familiares quando, por exemplo, resolvem poupar determinada quantia para comprarem um brinquedo que desejam muito.
Geralmente, a garotada costuma enxergar o dinheiro como o meio que os ajudará a atingir um fim. Nós, adultos, também temos essa percepção, mas a questão é que nem sempre conseguimos resistir aos nossos impulsos consumistas (são poucas as pessoas que nunca utilizaram o cartão de crédito de forma indiscriminada, viu?). O descontrole financeiro é, de fato, um problema muito sério. Tentar resolvê-lo implica na adoção de uma série de medidas que vão desde começar a pensar como uma criança (ou seja, a longo prazo!) até consultar economistas para obter informações mais especializadas.
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Por: Lais Pontin Matos